Ailton protesta contra a liberação de 475 agrotóxicos em apenas um ano pelo governo

18/2/2020 - Campinas - SP

da assessoria de imprensa da Câmara de Vereadores de Campinas

Moção, de autoria do vereador Ailton da Farmácia (PSD), protesta contra a liberação pelo governo do presidente Jair Bolsonaro, de 475 agrotóxicos para a utilização em lavouras, somente no ano de 2019. O parlamentar é autor do projeto de lei 6/2020, que pretende proibir em Campinas a produção, a comercialização e a utilização de agrotóxicos em todo o município.

As autorizações de iniciativa do governo foram publicadas no Diário Oficial da União (DOU) e os dados coletados pela Organização Repórter Brasil. “Segundo noticiado pela imprensa com base em informações da Organização Não-Governamental Ambiental Greenpeace, com sede no Brasil, alguns produtos possuem ingredientes ativos que não têm seu uso autorizado na União Europeia”, frisou Ailton da Farmácia.

Ainda de acordo com a Moção, o mais polêmico é o Dinotefuran, que jamais foi aprovado para ser comercializado na União Europeia e está em reavaliação nos Estados Unidos. O agrotóxico faz parte da classe dos neonicotinóides, fatais para abelhas e polinizadores.

Ailton da Farmácia enfatiza que, apenas em setembro de 2019, o governo liberou, de uma só vez, 69 novos agrotóxicos. Destes, 15 foram classificados como extremamente tóxicos e 10 como altamente tóxicos. Já com relação ao potencial de periculosidade ambiental, 44 foram considerados muito perigosos, 3 altamente perigosos e 16 perigosos.

“Com esta política de aprovação recorde de novos pesticidas, as empresas estrangeiras são as mais beneficiadas. Todo este contexto tem feito com que o Brasil seja conhecido como o país campeão mundial de consumo de agrotóxicos em alimentos”, protesta o vereador.  O parlamentar enfatiza que os agrotóxicos são responsáveis por arritmias cardíacas, lesões renais, câncer, alergias respiratórias, doença de Parkinson, fibrose pulmonar, entre outras.

“Um exemplo de contaminação foi retratado em um estudo da Universidade Federal do Mato Grosso que verificou a contaminação por agrotóxicos do leite materno de mães que moravam em áreas urbanas”, completa.

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