da assessoria de imprensa da Câmara de Vereadores de Campinas
O vereador Nelson Hossri (Podemos) quer a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Rede Mário Gatti para investigar irregularidades na rede pública de saúde de Campinas. “O pedido se baseia nas denúncias de descaso no atendimento registradas nos últimos meses nos hospitais Ouro Verde e Mário Gatti, que são administrados pela Rede Mário Gatti”, diz o parlamentar. O requerimento precisa de 11 assinaturas para que a investigação tenha início e, informa o vereador, no momento ele tem oito – além da dele próprio, dos parlamentares Pedro Tourinho (PT), Mariana Conti (PSOL), Carlão do PT, Tenente Santini (PSD), Vinicius Gratti (PSB), Marcelo Silva (PSD) e Gustavo Petta (PC do B).
“Após os escândalos de corrupção no Hospital Ouro Verde denunciados pelo Ministério Público, a Rede Mário Gatti foi criada em março de 2018 pela administração municipal como alternativa para a gestão dos hospitais Ouro Verde e Mário Gatti. Mais de um ano depois, no entanto, os problemas na área da saúde continuam sendo constatados”, afirma Hossri.
No pedido de abertura da CPI, o vereador elencou os principais transtornos que detecta estarem sido enfrentados pelos usuários da saúde pública, como escassez de materiais, superlotação, falta de medicamentos; equipamentos sucateados, precariedade na infraestrutura e atendimento, além de déficit no quadro de funcionários, incluindo médicos.
“A Prefeitura justificou que criaria a Rede Mário Gatti para melhorar o atendimento depois do escândalo de desvios de verba pela Organização Social Vitale, mas o que vemos continua sendo descaso com a população”, critica o vereador, que complementa: “Demora no atendimento, cancelamento de cirurgias, além de mortes por falta de vagas, viraram rotina na saúde de Campinas.”
De acordo com Hossri, a CPI foi criada após um paciente ter sido atendido em uma maca improvisada dentro do banheiro do Hospital Ouro Verde. “Já registramos a morte de um bebê de seis meses por falta de leito na UTI Pediátrica e agora um paciente é atendido no banheiro. A saúde está em estado de calamidade”, conclui.