da assessoria de imprensa da Câmara de Vereadores de Campinas
A Comissão Permanente de Cultura da Câmara vai questionar oficialmente a Prefeitura de Campinas sobre o processo de licitação e o início das obras de reforma do teatro do Centro de Convivência Cultural. Presente na reunião da Comissão, nesta quarta-feira (12/06) o secretário de Cultura Ney Carrasco informou que essas informações podem ser levantadas somente junto a Secretaria Municipal de Administração e a Secretaria Municipal de Infraestrutura, responsáveis pelo edital e a viabilidade da obra.
O secretário explicou que no início de 2013 a cidade firmou convênio para receber uma verba de R$ 80 milhões do governo do Estado de São Paulo para a construção de um teatro de ópera, mas por problemas legais no processo de licitação o projeto acabou ficando financeiramente inviável. “A cidade precisa de um teatro de porte para receber grandes espetáculos, mas a burocracia o tornou inviável para o momento e refizemos os plano. Renegociamos a verba então para a reforma do teatro do Centro de Convivência no valor de cerca de R$ 40 milhões. O projeto está em andamento, aguardando agora a liberação dos recursos por parte do governo estadual”, disse Ney Carrasco, ao lado do novo diretor de Cultura, Alexandre Randi.
Questionado pelo vereador Gustavo Petta (PCdoB), integrante da Comissão, sobre os motivos que impediram o investimento desde o início do mandado do governo municipal na reforma do Centro de Convivência Cultural ao invés de projetar o teatro de ópera, o secretário lembrou que há nove anos a conjuntura econômica do país era outra e o empreendimento seria feito com dinheiro próprio do município, mas que tudo mudou com a instabilidade política do país.
Quando questionado sobre a expectativa de tempo para começar a reforma o secretário disse que não depende apenas da Secretaria de Cultura, mas também de outros setores da administração. “Vamos protocolar imediatamente um pedido de informações. Queremos saber exatamente quando as obras serão iniciadas”, afirmou Antonio Flôres (PSB), presidente da Comissão de Cultura.
Além da reforma do Centro de Convivência Cultural, o secretário apresentou os planos da Pasta para o biênio 2019-2020. Ele relatou que existem centenas de pequenos projetos em andamento e que, neste período, vários eventos foram retomados principalmente em bairros mais afastados do centro da cidade.
Também afirmou que a secretaria está investindo na economia criativa e nas inovações tecnológicas. Segundo Carrasco, os processos culturais preparam as pessoas para se reinventar diante de uma crise, trocando profissões que não dão mais emprego pela economia alternativa, como food trucks e artesanato. “Já com a inclusão de novas tecnologias abre-se a oportunidade para que os jovens aprendam a trabalhar e consigam uma colocação em um mercado emergente”, salientou.
O secretário também foi questionado sobre a Feira Hippie e disse que o recadastramento está sendo finalizado e em breve será aberta uma chamada pública para novos expositores. Também está em estudo uma remodelação da feira, com melhorias na disposição de barracas e na praça de alimentação. “A Feira Hippie é um ponto turístico de Campinas e precisa ser reconhecida como tal”, disse.
Para finalizar, o secretário afirmou que três projetos de lei para a Cultura estão quase prontos para ser encaminhados para a Câmara Municipal: o Plano de Políticas Culturais; o Plano Municipal e Cultura (criado a partir da Conferência Nacional de Cultura) e a Lei Cultura Viva, que foi apresentada em Brasília e que Campinas foi a primeira cidade a elaborar a legislação.
“A Secretaria de Cultura tem um dos menores orçamentos da prefeitura e mesmo assim apoia diversos eventos culturais da cidade, mesmo que seja emprestando materiais. O secretário sempre vem dar esclarecimentos quando solicitado por esta comissão”, frisou, por último, Antonio Flôres. Estiveram presente ainda na reunião os vereadores Carlão do PT, Luiz Rossini (PV) e Jorge da Farmácia (PSDB).