da assessoria de imprensa da Câmara de Vereadores de Campinas
Em reunião realizada na quinta-feira (23), a Comissão Especial de Estudos (CEE) sobre o Bus Rapid Transit (BRT), presidida pelo vereador Rodrigo da Farmadic (PP), o secretário municipal de Transportes Carlos José Barreiro apresentou o planejamento do projeto e o cronograma de obras dos corredores do BRT, que estão sendo construídos em Campinas e deverão ser entregues até o final do primeiro semestre de 2020.
“Essa área do Ouro Verde e Campo Grande tem uma extensão de aproximadamente 800 km² e concentra cerca de 42% da população de Campinas, que responde também por cerca de 50% dos usuários de transporte público da nossa cidade. Essas obras vão melhorar significativamente a vida da população, destravando o trânsito da cidade e encurtando distâncias. Em visita ao Ministério das Cidades, em Brasília, soubemos que essa obra é a única grande obra da atualidade, no Brasil, que está transcorrendo sem problemas, garantindo todos os seus prazos”, pontuou o secretário.
Durante sua apresentação, Barreiro explicou que o projeto foi dividido em 4 lotes e está com o cronograma adiantado:
- Lote 1: compreende um percurso que vai do Terminal Mercado até o Campos Elíseos, já com 72,75% da obra estrutural realizada e 25% da fase de finalização concluída.
- Lote 2: vai da Avenida John Boyd Dunlop até o Itajaí e está com 96,13% da obra estrutural pronta.
- Lote 3: do Centro ao Campos Elíseos, com 73,16% da estrutura finalizada.
- Lote 4: do Campos Elíseos, passando pelo Ouro Verde e chegando ao Vida Nova, com 61,65% da estruturação realizada e no início das obras finais, com 4% de conclusão.
Conforme a apresentação do cronograma, as próximas etapas consistem na construção de um viaduto que passará por cima da Avenida Barão de Itapura e de pontes instaladas sobre o Córrego Piçarrão e sobre o Rio Capivari; na pavimentação de duas áreas: da ocupação Joana D'Arc e da Avenida Camucim; no início das obras do terminal Satélite Íris e na remoção das interferências entre Vila Rica e Campos Elíseos.
De acordo com o secretário de Transportes, no mês de agosto foi iniciada a instalação de placas de avisos das obras para esclarecer a população e sinalizar os desvios no trânsito necessários para o andamento das obras. “Peço compreensão da população durante essa fase de obras e principalmente respeito às sinalizações para evitar acidentes”, solicitou o secretário.
Farmadic e o vereador Jorge da Farmácia (PSDB), que preside a comissão das pessoas com deficiência física ou mobilidade reduzida, demonstraram preocupação quanto à possibilidade de desapropriação nos locais das obras, com a acessibilidade das plataformas de transferência do BRT e com o caos no trânsito que as obras podem gerar. Segundo o secretário Barreiro “não há como realizar uma obra dessa magnitude sem gerar impactos momentâneos de trânsito e dificuldades para os comerciantes da região, mas o benefício compensador virá com a finalização das obras e será inevitável. Garanto que não haverá desapropriação da população local e que todo o projeto está sendo planejado com foco em acessibilidade, tendo opção de escadas e rampas em todas as plataformas”.
O secretário ainda pontuou, após questionamento do vereador Carmo Luiz (PSC), que “existe intenção por parte da Prefeitura Municipal em interligar o BRT com o corredor Viracopos, assim como em construir marginais para minimizar o trânsito, mas esse projeto ainda está em fase de estudo de viabilidade e será definido num futuro próximo.” “O cronograma das obras está sendo cumprido e até o momento segue adiantado, o que nos deixa muito satisfeitos e durante esses anos que faltam para a finalização haverão reajustes contratuais, mas apenas inflacionários, que constam em contrato”, conclui.
A escolha do BRT para Campinas
A tradução da sigla BRT significa ônibus de trânsito rápido, que consiste num corredor exclusivo de ônibus, que tem a finalidade de acelerar o ritmo do transporte de massa em uma cidade. O BRT em Campinas terá piso de concreto ao logo de toda sua extensão, material que possui melhor custo-benefício e maior vida útil, também terá ônibus – provavelmente – biarticulados e quando pararem nas estações de transferência, terão desembarque em nível, sem escadas, facilitando a utilização por pessoas com mobilidade reduzida e acelerando o processo de embarque e desembarque.
“O pagamento das passagens será realizado antes do embarque, otimizando as viagens e serão três linhas diferentes para um mesmo trajeto: a expressa, a semi-expressa e a com paradas, todas com o mesmo valor, podendo ser utilizado o mesmo bilhete único das linhas convencionais”, pontuou Barreiro. Além do vereador Rodrigo da Farmadic, estavam presentes na reunião os vereadores Carlinhos Camelô (PC do B), Carmo Luiz e Zé Carlos (PSB) – que são membros dessa comissão – e os vereadores Filipe Marchesi (PR), Jorge da Farmácia e Vinicius Gratti (PSB).