da assessoria de imprensa
A coleta de lixo em Campinas (SP) foi reduzida, na noite desta quarta-feira (16), após o Ministério do Trabalho e (MTE) determinar a suspensão dos trabalhos feitos manualmente por causa do risco de acidentes. O Consórcio Renova Ambiental, responsável pelos serviços de limpeza na cidade, nega irregularidades e aguarda julgamento de um recurso para retomar os trabalhos.
Em fiscalização no distrito do Ouro Verde, pela manhã, o auditor fiscal do trabalho Marcel Giuliano Silveira de Sousa constatou que os funcionários ficam amontoados na cabine dos caminhões durante trajeto entre a empresa e o primeiro local onde os lixos são recolhidos. Além disso, segundo o MTE, outros problemas são risco de queda e atropelamento dos trabalhadores.
O consórcio informou que a coleta manual ocorreu até 15h, quando foi encerrado o primeiro turno de trabalho. Enquanto a suspensão for válida, Campinas contará somente com a coleta mecanizada, que representa aproximadamente 20% dos resíduos recolhidos no município.
Em cada turno, a empresa conta com 150 funcionários e coleta 50% da demanda diária. A assessoria da Prefeitura informou que não foram registrados reflexos até esta publicação.
Medidas
Segundo o auditor fiscal, a empresa deve fazer adequações no serviço, entre elas, implantar um sistema de coleta de lixo automatizado, limitar a velocidade durante o trajeto e usar carro de apoio para transportar os coletores. “Os funcionários também não podem subir no caminhão em movimento e devem fazer a coleta sempre na mesma calçada onde o veículo estiver parado, para diminuir riscos de atropelamento”, falou Sousa à EPTV, afiliada da TV Globo.
O que diz a empresa
Em nota divulgada nesta noite, a diretoria do consórcio alegou que todos os procedimentos de transporte dos colaboradores são feitos dentro da legislação em vigor e que são seguidas rigorosamente as normas técnicas.
Além disso, ressaltou que os os funcionários passam constantemente por treinamentos de segurança no trabalho e prevenção de acidentes; que eles são munidos de equipamento de proteção; e que são fiscalizados quanto ao uso cotidiano e correto destes equipamentos.
"Estamos estudando as medidas legais cabíveis para o pronto restabelecimento dos serviços de forma a minimizar os possíveis impactos à saúde pública e ao meio ambiente", diz texto.