da assessoria de imprensa
O número de microempreendedores individuais (MEIs) caiu pela primeira vez em Campinas (SP). De acordo com os dados do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), a queda no primeiro semestre de 2018 foi de 7,8%.
O número vinha crescendo em um ritmo estável desde o início de 2016, quando 45.142 estavam registrados no sistema. Na segunda metade daquele ano, já eram 49.273. E a quantidade continuou crescendo até atingir o número de 57.898, conforme dados de janeiro de 2018.
No entanto, após seis meses, houve a primeira queda, com uma diminuição de 4.497 microempreendedores no município. Segundo o Sebrae, essa baixa foi impulsionada pelo fechamento de 9.407 cadastros em fevereiro de 2018.
"A Receita Federal fez, vamos dizer assim, uma limpa nos cadastros. Tinha muita gente inadimplente, então foi feita uma baixa natural naquelas pessoas que não estavam pagando a contribuição mensal", explicou Nílcio Cairbar de Souza Freitas, gerente regional do Sebrae.
O gerente explica que a inadimplência pode ser um sintoma da crise econômica, mas também pode ser relacionado a como o microempreendedor lida com o pagamento mensal.
"Eu acho que são dois fatores. Um pode ser a crise, mas como o valor é muito baixo, a gente tem uma inadimplência por esquecimento. A gente já verificou isso conversando com as pessoas. Às vezes a dificuldade que a pessoa tem de imprimir o boleto em casa, pagar na data. Alguns, quando deixa vencer dois [boletos], aí não procura para regularizar", diz.
Freitas, no entanto, afirma a queda não afetou a procura pelo serviço, que manteve a média de aberturas, com 4.910 novos cadastros no primeiro semestre do ano.
"A gente não sentiu baixa na procura para abrir. O volume de abertura continua o mesmo, o ritmo não mudou.Essa baixa pode ter sido de uma empresa que tenha sido constituído o MEI há três anos, dois. Não é necessariamente desse início de ano" explica.
Para fazer o cadastro, o interessado pode acessar diretamente o Portal do Empreendedor, do Governo Federal. No entanto, Freitas aconselha também a procurar por uma unidade do Sebrae.
"Porque além de ajudar na abertura, conversar um pouco sobre quais são as obrigações, quais são os deveres, quais são os benefícios, ele ainda tem também a possibilidade que a gente imprima os boletos, então ele não gasta com guia, não gasta com nada, que a gente já gera no nosso sistema", afirma.
Confira mais detalhes dos custos e benefícios de ser um microempreendedor individual no Guia do MEI do G1.