da assessoria de imprensa
Sem chegar a um acordo com a direção da Unicamp, doze dos treze servidores grevistas mantiveram a ocupação da Reitoria da Universidade nesta quarta-feira (4). O grupo ocupou o setor administrativo às 18h30 de terça-feira (3) e deve novamente passar a noite no local.
Os grevistas querem se reunir com o reitor Marcelo Knobel para discutir o desconto no salário dos funcionários durante o período de greve e o reajuste no vale-alimentação. Mas a Reitoria da universidade diz que só aceita conversar quando a comissão dos servidores desocupar o prédio.
Durante a tarde, servidores chegaram a se dirigir para o Instituto de Física para tentar falar com o reitor, mas como não conseguiram, retornaram para o prédio da Reitoria. Além do grupo do lado de dentro, outros trabalhadores se mantém de fora, onde montaram uma espécie de acampamento com cobertores e alimentação.
Os servidores pedem que o vale-alimentação seja reajustado e suba de R$ 850 para R$ 1080, ou seja, um aumento de R$ 230. A administração da universidade, no entanto, afirmou que só pode pagar R$ 950 e e citou um déficit de R$ 240 milhões em 2018 no orçamento universitário.
Os funcionários da estadual de Campinas também querem reajuste de 12,6%, mas a proposta oficial da Unicamp é 1,5%.
Em carta aberta publicada nesta quarta-feira, o Conselho Universitário (Consu) repudiu a entrada na Reitoria, dizendo que a ação "se contrapõe à constante disponibilidade da atual gestão em debater as questões orçamentárias de forma tranquila, civilizada e absolutamente transparente". O comunicado diz ainda que o grupo "não entende ou não quer entender que a Unicamp desfruta de Autonomia orçamentária".