da assessoria de imprensa
O prefeito de Campinas (SP), Jonas Donizette (PSB), sancionou, na tarde desta quarta-feira (2), a lei que obriga escolas e creches públicas e privadas a capacitarem professores e funcionários em noções básicas de primeiros socorros. De acordo com o projeto, o treinamento será feito por uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).
A proposta, já apresentada em ao menos 344 municípios do Brasil e aprovada na Câmara dos Deputados, teve origem após a morte de Lucas Begalli Zamora de Souza, estudante de Campinas que morreu, aos 10 anos, após engasgar com um pedaço de salsicha durante uma excursão em setembro de 2017. Desde então, a família lutava pela aprovação da lei.
De acordo com o texto da Lei Lucas, as escolas devem ter kits de primeiros socorros. A proposta prevê multas de até R$ 5 mil para quem descumprir, e até cassação do alvará de funcionamento, no caso de escolas particulares.
Lucas foi levado para o hospital inconsciente, não resistiu e morreu após sete paradas cardíacas e 50 minutos de tentativas de reanimá-lo. "Eu não conseguia me conformar com a maneira como meu sobrinho faleceu. Eu resolvi fazer uma página na internet explicando a história do meu sobrinho, que poderia ser evitada, revertida", contou Andréa Zamora Bettiati, tia do garoto.
Em dois dias, já havia milhares de seguidores na página. Ainda tomada pela dor da perda, a mãe viu a oportunidade de transformar a história de Lucas em uma lei.
"A ideia é que se treine todos os funcionários que estão lidando diretamente com as crianças. Eles vão aprender os procedimentos de primeiros socorros, de suporte básico de vida, pra que, em caso de haver um acidente dentro da escola, eles saibam prestar esse primeiro atendimento enquanto o suporte médico profissional médico é chamado", afirmou Alessandra Bigalli Zamora.