da assessoria de imprensa
Estudantes ocuparam o prédio da Escola Estadual Hugo Penteado Teixeira, em Campinas (SP), em protesto contra a reforma do ensino médio prevista pelo governo federal e a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 241, que limita a alta dos gastos públicos nos próximos 20 anos. Esta é a quarta instituição de ensino fechada desde o início das manifestações da cidade.
Um ex-aluno da instituição informou que o ato começou na noite de terça-feira (25) e não houve incidentes. Segundo ele, participam da mobilização ao menos 45 pessoas, incluindo estudantes e apoiadores, e nesta quarta-feira houve uma reunião para explicar sobre o protesto aos pais.
Outras duas escolas estaduais continuam ocupadas na cidade, entre elas, a Ruy Rodriguez, no Parque Itajaí, e a Carlos Alberto Galhiego, no distrito de Campo Grande. A primeira unidade ocupada foi a Escola Newton Pimenta Neves, no Jardim Aeroporto, em 11 de outubro.
O protesto chegou ao fim dois dias depois, quando a Polícia Militar fez a desocupação.
Na semana passada, um protesto no distrito de Ouro Verde terminou com jovens apreendidos. Neste caso, a Promotoria da Vara da Infância e Juventude investiga se houve abuso de guardas municipais durante atuação no protesto, e avalia se houve ato infracional dos estudantes.
O que diz o estado
A Diretoria Regional de Ensino de Campinas informou, por meio da Secretaria da Educação do estado, que registrou boletins de ocorrência e tenta dialogar com os manifestantes, "que não querem negociar e destacam que o protesto é contra as propostas do governo federal".
Além disso, destacou que não "compactua com o impedimento de quaisquer aulas desejadas pela maioria dos alunos" e que haverá reposição das aulas. Em relação às propostas do Ministério da Educação, a pasta informou que "o próximo ano será de análise; nada será mudado antes de um amplo debate com dirigentes, supervisores, diretores, professores e estudantes".
Polêmica
O plenário da Câmara dos Deputados concluiu na madrugada desta quarta (26), após 14 horas de sessão, a análise em segundo turno da PEC 241, que limita gastos públicos nos próximos 20 anos. O texto seguirá, agora, para análise no Senado, onde a votação deve ser em dezembro.