da assessoria de imprensa
Ao todo, 7,5 mil em quatro estados deixaram de fazer a avaliação na tarde deste domingo, segundo a Comvest. Maior índice de ausentes foi em BH, onde exame voltou a ser aplicado neste ano.
A abstenção na primeira fase do vestibular 2018 da Unicamp aumentou pelo quarto ano seguido e chegou a 9,02%, segundo a comissão organizadora do exame (Comvest). As provas foram aplicadas na tarde deste domingo (19) em 31 cidades paulistas, Belo Horizonte (MG), Brasília (DF) e Fortaleza (CE). Entre os 83,7 mil inscritos, 7,5 mil deixaram de fazer a prova. Veja temas abordados.
O maior índice de ausentes, 15,3%, foi registrado na capital mineira, onde a universidade voltou a aplicar a avaliação. Outras cidades incluídas no cronograma foram Fortaleza, Indaiatuba e Valinhos.
Para o coordenador executivo da Comvest, José Alves de Freitas Neto, avaliou que a abstenção subiu porque também houve alta de inscritos - nesta edição foi de 14%. Sobre o fato da Unicamp usar pela 1ª vez uma tecnologia para evitar "colas eletrônicas", ele frisou que não houve nenhuma tentativa de fraude e avaliou que a divulgação do vestibular em BH pode ser aprimorada.
O exame realizado neste domingo foi composto por 90 questões de múltipla escolha: 13 de língua portuguesa e literaturas de língua portuguesa, 13 de matemática, 9 de história, 9 de geografia (inclui filosofia e sociologia), 9 de física, 9 de química, 9 de biologia, 7 de inglês e 12 interdisciplinares.
Na avaliação de Freitas Neto, o vestibular valorizou a diversidade cultural e a formação do leitor crítico que, segundo ele, olha para conhecimentos científicos e temas relevantes para a sociedade.
A universidade oferece 3,3 mil vagas em 70 cursos de graduação. Entre os cursos mais concorridos estão medicina (278,9 c/v), arquitetura e urbanismo (97,6 c/v) e ciências biológicas (51,8 c/v).
Abstenção na 1ª fase do vestibular da Unicamp
Ano | Índice |
2018 | 9,02% |
2017 | 8,64% |
2016 | 8,20% |
2015 | 8,04% |
2014 | 6,93% |
2013 | 7,64% |
2012 | 7,39% |
Feminismo, o desastre ambiental em Mariana (MG), racismo e ditadura na América do Sul estão entre os temas tratados durante o exame, segundo relato dos candidatos ao G1. Confira detalhes.
A Unicamp utiliza a nota obtida pelo candidato no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) - parte de conhecimentos gerais - para compor a nota final da primeira fase, desde que ele tenha autorizado no formulário de inscrição. A atribuição ocorre por meio de padronização; veja aqui.
Além disso, a universidade concede aos participantes do Programa de Ação Afirmativa e Inclusão Social (Paais), após o vestibular, 60 pontos à nota final da primeira fase. Quem for convocado para a segunda etapa terá acréscimo de 90 pontos à nota da redação e 90 pontos à nota de cada prova que compõe a nota final da segunda fase, segundo manual disponível no site da Comvest.
Além disso, candidatos inscritos no grupo e autodeclarados pretos, pardos ou indígenas (segundo classificação do IBGE) receberão outros 20 pontos à nota final da primeira fase; enquanto que os convocados para a etapa seguinte terão mais 30 pontos à nota da redação e mais 30 na nota final da segunda fase. Só será contemplado quem fez a indicação durante o período de inscrição.
Segundo a Comvest, são beneficiários do Paais candidatos que fizeram todo ensino médio regular ou ensino médio supletivo (presencial, semipresencial ou a distância) na rede pública nacional; ou quem terminou o ensino médio por meio de exames nacionais como Enem - até 2016 - ou Encceja.
A lista de aprovados nesta etapa, os locais de aplicação das provas da segunda fase e as notas de corte por curso serão divulgados em 11 de dezembro, informou a Comvest. Já as notas obtidas pelos candidatos na primeira etapa serão disponibilizadas pela comissão em 21 de dezembro.
As provas da segunda fase serão em janeiro de 2018. Cada uma terá quatro horas de duração:
De acordo com a Comvest, as avaliações de habilidades específicas serão na semana posterior: