da assessoria de imprensa
Tribunal Regional do Trabalho (TRT-15) realiza na tarde desta terça-feira (10), em Campinas (SP), uma audiência de mediação para tentar colocar fim à greve dos funcionários da Unilever, em Vinhedo (SP). A categoria protesta há 12 dias contra o anúncio de 130 demissões decorrentes de terceirização na logística e modernização em processos, segundo o Sindicato dos Químicos.
De acordo com o tribunal, a sessão tem início marcado para as 15h. O diretor da entidade, Diego Francisco Henrique, afirma que pelo menos 100 ainda participam do movimento e também há reflexos na área de mecânica. A indústria tem quase 700 funcionários no município.
O sindicato defende a manutenção dos trabalhadores e afirma que as mudanças também irão provocar redução nos salários. Antes da greve, explica, a previsão era de cortes em outubro.
"Somos contra a terceirização, na Unilever não há crise. O salário médio na logística passará de R$ 3,5 mil, R$ 4 mil para R$ 1,2 mil", falou Henrique.
Já a empresa, por outro lado, defendeu por meio de assessoria que as demissões fazem parte de um programa que visa a reestruturação com intuito de "manter a fábrica de Vinhedo competitiva por meio de ganho de eficiência no processo produtivo e da especialização da área de logística."
No sábado, três integrantes da entidade foram detidos após bloqueio da entrada da Unilever e uma confusão na delegacia de Vinhedo. De acordo com a Polícia Militar, a empresa obteve uma liminar judicial para que os funcionários não sejam impedidos de entrar na unidade e, por causa do descumprimento, os sindicalistas foram levados para a unidade de segurança.
Inconformado, um grupo foi até a delegacia para protestar contra a medida e houve um princípio de confusão. Em nota, a Unilever alegou que sempre esteve à disposição para "obter a melhor forma de negociação com o sindicato tendo, inclusive, apresentado propostas que sequer foram repassadas aos empregados". Além disso, a empresa, lamentou a confusão ocorrida no sábado.
"A Unilever Brasil lamenta profundamente o ocorrido e reforça que a sua maior preocupação é garantir a segurança e o direito de ir e vir de seus funcionários. Sempre disposta a negociar, a companhia informa que, diante dos fatos, pediu à Justiça do Trabalho uma mediação", diz texto.