Pesquisa da FCM sobre acidentes com material biológico é premiada na Colômbia

20/10/2016 - Campinas - SP

da assessoria de imprensa 

O estudo “Acidentes com material biológico e efeitos da implementação de condutas de proteção em um grupo de trabalhadores da saúde: Brasil-Colômbia” – da aluna de pós-doutorado da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Unicamp, Ehideé Isabel Gómez La-Rotta – recebeu o Prêmio Líderes em Prevenção Colmena (Categoria Pesquisa) durante a XVI Conferência Internacional de Prevenção de Riscos no Trabalho. O evento aconteceu em Cartagena, na Colômbia, no início desse mês.

O trabalho premiado integra a tese de doutorado em Saúde Coletiva, defendida por Ehideé na FCM, sob o título “Um olhar sobre a coorte Brasil-Colômbia de trabalhadores da saúde: possíveis efeitos da implementação da norma NR-32 e das condutas” (leia na íntegra). O estudo contou com a orientação de Heleno R. Corrêa-Filho e coorientação de Francisco Hideo Aoki, e teve como foco, avaliar a incidência de acidentes de trabalho com material biológico no Brasil e na Colômbia.

Resultados da pesquisa demonstram que, tanto o Brasil quanto a Colômbia, apresentam maiores coeficientes de incidência desses acidentes, quando comparados aos coeficiências reportados por estudos realizados no Egito, Paquistão, China, Brasil e na República Dominicana.

Além disso, embora as taxas de acidentes tenham diminuído entre 2014 e 2015, em ambos os países, maior decréscimo desses acidentes foi observado na Colômbia. Tal resultado contrariou a expectativa de decréscimo desses acidentes no Brasil, gerada com a publicação, a partir de 2005, da Norma NR-32 que passou a estabelecer as diretrizes básicas para a implementação de medidas de proteção à segurança e à saúde dos trabalhadores dos serviços de saúde.

Ehideé Isabel sugere que o contato pessoal durante as entrevistas pode ter favorecido o decréscimo desse tipo de acidente na Colômbia. Enquanto nesse país as entrevistas foram realizadas pessoalmente, no Brasil, elas aconteceram, em sua maioria, pela internet, no caso dos participantes médicos. “Na Colômbia, o contato pessoal descrito pode ter contribuído para uma maior interação e intervenção indireta, que levou a aumento da percepção de risco”, observou.

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