Uma parceria do Cotuca (Colégio Técnico de Campinas), com a SVDS (Secretaria Municipal do Verde, Meio Ambiente e Desenvolvimento) e a Unicamp, permitiu a utilização de um drone para ajudar no planejamento ambiental de Campinas (interior de SP) e contribuir na aplicação de multas relacionadas a supressão de vegetação.
De 2014 a junho de 2017, foram aplicados 16 autos de multa com base em imagens feitas pela ortofoto da SVDS. “O drone, sem dúvida, pode ajudar tanto na fiscalização quanto na autuação”, disse Jodir Pereira, coordenador do Projeto Drone do Cotuca.
Esse tipo de suporte está sendo uma ferramenta a mais para auxiliar também em vistorias de acompanhamento de áreas de recuperação florestal, principalmente em regiões de difícil acesso, afim de verificar a necessidade de intervenções.
“O drone traz maior eficiência em menor tempo para percorrer amplas áreas de monitoramento a custo relativamente baixo”, disse o coordenador.
De acordo com ele, esse equipamento ajudou na identificação dos motivos de assoreamento da Lagoa do Jambeiro, que já está passando por um processo de revitalização, e apontou falhas na recuperação florestal, como erosão, no Condomínio San Conrado (Sousas) e em regiões próximas ao Carrefour Dom Pedro.
Quando é identificado algum dano ou irregularidade, a demanda é enviada para a Coordenadoria de Fiscalização Ambiental para providências.
Segundo a SVDS, imagens aéreas da ortofoto da prefeitura e do “Google Earth” também estão sendo utilizadas para procurar por danos ambientais, e multar quem comete supressão na vegetação sem autorização do DEPRN (Departamento Estadual de Proteção aos Recursos Naturais).
Quem pratica a irregularidade, o crime varia de três meses a um ano de detenção e multa de R$ 1.500 por hectare.
Custo do drone
O equipamento foi comprado com apoio da Pró-Reitoria de pesquisas da Unicamp e a verba veio do CNPq no valor de R$ 2,5 mil, para aquisição do drone, e cerca de R$500 para componentes adicionais da micro-estação meteorológica móvel que ele carrega. METRO