da assessoria de imprensa
O Hospital de Clínicas da Unicamp (HC) decidiu manter, nesta segunda-feira (29), restrições para atendimentos nos prontos-socorros adulto e infantil, além da UTI pediátrica. Embora a superlotação tenha diminuído desde que o problema veio à tona, o prazo para a normalização é incerto.
De acordo com a unidade médica, a unidade de emergência referenciada para adultos tem 38 pacientes em macas, embora a estrutura tenha capacidade para até 28 pacientes. A quantidade chegou a 71 na quinta-feira (25), quando foram suspensas novas internações. No dia seguinte, o hospital decidiu reabrir o setor "com cautela", apenas para casos considerados graves.
Em relação às demandas espontâneas (quando o paciente vai até o hospital sem recomendação), informou a assessoria, os casos de baixa e média complexidade verificados durante triagem são encaminhados para outras unidades de saúde. A limitação deve ser mantida nos próximos dias.
Na sexta-feira, uma mulher de 49 anos morreu no Pronto Atendimento do Santa Genebra, em Campinas (SP), após ter atendimento negado pelo HC da Unicamp, segundo o marido da vítima.
"A Unicamp nem atendeu, nem deixou a gente entrar para dentro... Por que não deram uma olhada nela? Com certeza não tinha morrido", contou Osvaldo Spíndola Filho ao mencionar que procurou por auxílio médico na unidade de emergência referenciada, na manhã desta sexta-feira (26).
A assessoria do hospital, por outro lado, alegou que naquele dia seis pacientes passaram pela triagem do pronto-socorro - um ficou internado e cinco foram encaminhados para outras unidades. Além disso, o HC explicou que nenhuma mulher com dor no peito passou pelo procedimento.
A superlotação também ocorre na unidade de terapia intensiva (UTI) pediátrica e no pronto-socorro infantil do HC. Neste caso, ela foi provocada pelas demandas cirúrgicas e casos de bronquiolite.
De acordo com o hospital, a orientação é para que pacientes com problemas de baixa e média complexidade procurem por atendimento médico em outras unidades de saúde.