Microrregião de Campinas encerra fevereiro com melhor saldo de empregos

4/4/2017 - Campinas - SP

da assessoria de imprensa 

Pesquisa mostra que 16 municípios do interior de SP registraram mais contratações do que demissões pelo segundo mês consecutivo. Melhor resultado está no setor de serviços.

A microrregião de Campinas (SP) encerrou fevereiro com saldo de 2,1 mil empregos formais, o melhor resultado em 16 meses, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). O levantamento do Ministério do Trabalho e Emprego indica que foram abertas 27,5 mil oportunidades, contra 25,3 mil demissões. Antes, o resultado mais positivo era de março de 2015.

O estudo inclui 16 municípios: Americana, Campinas, Cosmópolis, Elias Fausto, Hortolândia, Holambra, Indaiatuba, Jaguariúna, Monte Mor, Nova Odessa, Paulínia, Pedreira, Santa Bárbara d'Oeste, Sumaré, Valinhos e Vinhedo. Este é o segundo mês consecutivo com saldo favorável.

Desde janeiro, a microrregião gerou 54,4 mil postos de trabalho, e teve 52 mil desligamentos. Com isso, o número de trabalhadores formais registrados em fevereiro, nesta área, chegou a 860,4 mil.

Distribuição por setores

Considerando-se a análise por áreas de atuação, de acordo com o governo, o número de vagas em comércios dos municípios encolheu - foram criados 5,9 mil postos, contudo, foram fechados 6,4 mil.

O resultado mais positivo está no setor de serviços, onde o saldo foi de 2,1 mil vagas criadas - ocorreram 13 mil admissões, contra 10,8 mil demissões. A construção civil, por outro lado, também ficou no vermelho - foram gerados 1,7 mil postos e, no mesmo período, 1,9 mil fechados.

Para o professor de finanças da PUC-Campinas Eli Borochovicius, a tendência de alta na geração de empregos na região depende da estabilidade política. Ao ponderar que "houve uma pequena melhora" nos últimos meses, ele menciona que a continuidade depende, entre outros fatores, das consequências do julgamento da ação que pede a cassação da chapa Dilma Rousseff-Michel Temer.

 

"Isso acaba gerando uma certa instabilidade no país. Os cientistas políticos estão acreditando que o Temer permanece até 2018 e, se isso se mostrar verdadeiro, acho que a gente continua na tendência de guinada para retomada da economia. Com isso, as indústrias voltam a acreditar no país, fazem planejamentos, contratações e a gente começa a entrar no eixo", avalia o especialista.

 

Ao ponderar sobre o perfil industrializado dos municípios no interior paulista, Borochovicius explica que os indicadores devem melhorar de forma mais acelerada, comparando-se ao ritmo nacional.

"Assim como no momento da crise começou pior aqui e depois isso foi um movimento para o resto do país, o contrário é verdadeiro", destaca o professor. Sobre o projeto de lei que regulamenta a terceirização, aprovado pela Câmara na semana passada, ele acredita que os efeitos não serão imediatos. "As leis vão precisar ser promulgadas, entrar em vigor, para medirmos o que acontece."

Em 2016, as cidades da microrregião de Campinas perderam 28,5 mil vagas - diferença entre 310,9 mil contratações, contra 339,5 mil desligamentos, de acordo com o Caged. Aquele foi o terceiro ano consecutivo que terminou com saldo negativo de oportunidades - a última vez em que houve saldo positivo foi em 2013, quando à época o resultado final foi de 10 mil postos de trabalho abertos.

Retomada

A economia brasileira voltou a gerar empregos com carteira assinada em fevereiro, de acordo com o Caged. Foi a primeira vez, em 22 meses, que o país registrou abertura de postos de trabalho.

Para melhorar os indicadores, o governo federal aposta na redução dos juros e injeção na economia com a liberação de saque das contas inativas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).

Na sexta-feira (31), o Ministério do Planejamento divulgou o detalhamento do corte de R$ 42,1 bilhões no orçamento federal. Entre as áres que tiveram diminuição de recursos estão Educação, Defesa, Cidades e Transportes. Não houve bloqueio de aportes para Saúde, informou a União.

Compartilhe no Whatsapp