da assessoria de imprensa
Pela primeira vez na história, a Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) tem maioria de alunos oriundos da rede pública matriculados nos cursos de graduação. Dos 3.248 inscritos neste ano, 1.635 concluíram o ensino médio na rede estadual de ensino, o que representa 50,3%. Destaque para a presença maciça desses estudantes em Medicina (76,4%), Engenharia Elétrica (84,4%) e Ciências Econômicas (83,3%).
Os números divulgados nesta segunda-feira (3) mostram a evolução da participação de alunos da rede pública nas fileiras da universidade. Em 2016, o índice foi de 47,6% do total de matriculados. No vestibular deste ano, a Comissão Permanente para os Vestibulares (Comvest) registrou 73.498 candidatos.
Com o resultado, a Unicamp destaca o cumprimento da meta aprovada em 2013 pelo Conselho Universitário (Consu) para a inclusão social nos cursos de graduação, que estabeleceu que a universidade atingisse 50% de ingressantes oriundos da rede pública até 2017.
A implementação do Programa de Ação Afirmativa para Inclusão Social (PAAIS), que aplica um bônus às notas dos estudantes oriundos da rede pública, é apontado como responsável pela maior presença desses alunos na universidade.
A partir do vestibular 2016, os pontos do PAAIS passaram a valer também na 1ª fase. Até 2015, a pontuação era aplicada somente após a 2ª fase. Assim, todos os candidatos que fizeram o ensino médio integralmente em escolas públicas receberam, no vestibular deste ano, 60 pontos na 1ª fase e outros 90 pontos na 2ª fase.
Os candidatos de escola pública autodeclarados pretos, pardos ou indígenas receberam além desses, outros 20 pontos na primeira fase e outros 30 pontos na segunda fase.