Varejo terá perda de R$ 336 milhões com feriados na região de Campinas

2/3/2017 - Campinas - SP

da assessoria de imprensa

Supermercados representam 44% deste valor, segundo a Fecomercio/SP.
Comerciantes alegam que carnaval é o pior momento para eles.

O comércio varejista da região de Campinas (SP) estima perder R$ 336,8 milhões este ano nos feriados prolongados, alta de 10,8%, em relação a 2016. Em valores, a maior perda será dos supermercados com R$ 148,6 milhões, o que representa 44% do montante. Os dados são da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomercio-SP).

O comerciante Cláudio Atílio tem um box de produtos diversos no Mercado da Barão, no Centro de Campinas, há 27 anos. Segundo ele, o feriado prolongado do carnaval é o pior para o comércio.

“No carnaval é sempre pior, o pessoal viaja e se esquece de tudo. Na segunda-feira íamos até as 18h, mas fechamos antes das 15h porque não tinha movimento nenhum. Depois que passa o feriado a gente recupera, mas ainda fica um déficit no financeiro”, lamenta o comerciante.

O gerente de uma relojoaria da Rua Treze de Maio também sinalizou que o feriado do carnaval é o pior do ano. Ele ressaltou que em 2017 a situação foi mais preocupante ainda, porque a folia caiu no fim do mês.

“Esse ano tem sido muito pior. Além do feriado, também tem a questão de ter caído no final do mês, o pessoal tá sem dinheiro, complica demais. A gente demora um tempo pra recuperar. A crise veio feia pra gente, a esperança é de que esse dinheiro do FGTS dê uma reanimada no comércio”, afirma o gerente Laerte Paschoal Júnior.

O governo federal está liberando dinheiro do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) de contas inativas.

Mais perdas
Dois setores que juntos devem perder R$ 78,3 milhões são o de lojas de vestuário, tecidos e calçados, e o de farmácias e perfumarias. Este último setor com queda de R$ 43,6 milhões, alta de 19,8% na comparação com 2016.

Ainda segundo a Fecomercio, os feriados prolongados devem dar prejuízo em lojas de móveis e decoração no valor de R$ 8,3 milhões, alta de 4,9% na comparação com 2016. Outras atividades vão dar perdas de R$ 101,6 milhões, 13,1% a mais do que no ano passado.

 

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